- História do município de Santa Maria da Vitória
- Biblioteca Campesina faz parte da história dos movimentos sociais.
- Clodomir Morais: Uma trajetória de luta em favor dos excluídos
- Folclore Musical de Santa Maria da Vitória

- Francisco Biquiba Dy Lafuente Guarany

História do município de Santa Maria da Vitória
A sede do atual município de Santa Maria da Vitória teve origem nos meados do século XIX, num arraial formado na margem esquerda do rio Corrente, em território então pertencente ao município do Rio das Éguas, por pessoas que para ali ocorreram com o fito da exploração do ouro nas proximidades, dedicando-se depois à agricultura.
Em 1840, viam-se apenas poucas casas, circundadas de frondosas gameleiras, em cuja sombra se abrigavam os que vinham fazer transações comerciais. Era, naquela época, o porto freqüentado constantemente por enjolos (canoas ligadas por travessas de madeiras), que se entregavam ao comércio, especialmente de rapaduras produzidas no Brejo do Espírito Santo, que em 1887 era Distrito de Paz e do qual muito dependia o arraial em formação.
Em 1850, um artífice, vindo da cidade da Barra do Rio Grande, construiu a primeira embarcação para transporte de mercadorias e animais. Foram construídas logo após outras embarcações e o arraial começou a crescer com a chegada de grande número de pessoas para as atividades agrícolas. A capela construída por seus fundadores foi dedicada a Nossa Senhora das Vitórias, ficando filiada à freguesia de Nossa Senhora da Glória do Rio das Éguas.
O arraial cresceu de importância e transformou em porto de grande movimento comercial. Em 1880, já um grande aglomerado humano para a época, foi o arraial do Porto de Santa Maria da Vitória elevado a categoria de Vila e criado o município de Santa Maria da Vitória, pela Lei provincial número 1.960 de 08 de junho que elevou a categoria de freguesia a capela existente, transferindo para aí a sede da Vila e da freguesia do Rio das Éguas. Com isto surgiu uma rivalidade entre as populações dos dois núcleos (Santa Maria da Vitória e Rio das Éguas), o que entravou por muito tempo o progresso de ambos os promissores centros, em vista das mudanças de sedes de uma para outra localidade, conforme situação política dominante.
Só com o advento da República cessou a rivalidade com a elevação de ambas localidades a sede de Vilas. Foi o município de Santa Maria da Vitória extinto pela resolução provincial número 2.558 de 14 de maio de 1886, que restaurou o município de Rio das Éguas. Pela resolução provincial número 2.579 de 04 de maio de 1888, foi restaurado, sendo extinto o do Rio das Éguas.
Pela Lei Estadual número 737 de 26 de junho de 1909, que alterou o nome do município para Santa Maria, foi a Vila elevada a categoria de cidade. Pelo Decreto Estadual número 8.060, de maio de 1932, a subprefeitura do Rio Alegre, então pertencente ao município de Carinhanha, foi extinto, passando o seu território a pertencer ao município de Santa Maria.
O Decreto Estadual número 8.292 de 03 de fevereiro de 1933, criou os Distritos de Inhaúmas e São Pedro do Açude. Este último foi extinto pelo Decreto Estadual número 8.483 de 13 de junho de 1933. Na divisão territorial de 1933, o município aparece formado pelos Distritos de Santa Maria (sede), Rio Alegre, Inhaúmas e São Pedro do Açude.
Essa composição distrital é mantida nas divisões territoriais de 1936, 1937 e 1938, com alterações apenas nas designações dos Distritos de Rio Alegre e São Pedro do Açude, cujos nomes foram simplificados para Alegre e São Pedro.
Pelo Decreto Estadual número 141 de 31 de dezembro de 1943, parte do Distrito de Inhaúmas foi anexado ao município de Correntina (ex-Rio das Éguas) e o município teve o seu nome mudado para Santa Maria da Vitória. Por esse mesmo Decreto Lei, os Distritos de São Pedro e Alegre tiveram os nomes mudados para, respectivamente, Açudina e Coribe.
A composição distrital do município, de acordo com a Lei Estadual número 628 de 30 de dezembro de 1953, é a seguinte: Santa Maria da Vitória, Açudina, Coribe e Inhaúmas."
Fonte: Sites da internet e com a colaboração de Joaquim Lisboa Neto da Casa da Cultura Antônio Lisboa de Morais de Santa Maria da Vitória - BA
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Biblioteca Campesina faz parte da história dos movimentos sociais.
Joaquim Lisboa Neto

 “A história das lutas camponesas conta com um acervo literário de extrema importância no coração do Vale do Rio Corrente, na Bahia”. Situada no município baiano de Santa Maria da Vitória, a Biblioteca Campesina completou 27 anos de existência no dia 15 de fevereiro deste ano e sua sede, que não passava de um cômodo medindo um metro por dois, agora é uma casa de três ambientes, recheada de livros relacionados com o dia-a-dia de seus leitores - agricultores familiares, assentados e moradores das zonas periféricas da cidade.
Segundo o curador da biblioteca, Joaquim Lisboa Neto, são mais de vinte mil livros - o maior acervo sobre a temática rural -, uma videoteca com mais de quatrocentos filmes [VHS], e um público mensal de mais de mil pessoas em períodos letivos.
A ideia de criar uma biblioteca independente - ou autogestionada - surgiu no início de janeiro de 1980, em uma reunião de ativistas que editavam o jornal O Posseiro com o sociólogo, professor da Universidade Federal de Rondônia (Unir) e santa-mariense Clodomir Santos de Morais, então conselheiro técnico da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Joaquim explica que o professor Clodomir Morais tinha vindo a Santa Maria da Vitória para rever amigos e parentes e visitar o túmulo de seus pais, falecidos quando ele estava exilado por conta da ditadura militar de 1964. "Aproximadamente um mês após o encontro, inaugurávamos a Biblioteca Campesina, num espaço de 2 metros por 1, três caixotes de maçã, que serviam como estantes, e uma tosca e diminuta mesa, que estava à espera do caminhão do lixo", conta Joaquim, que também é responsável pela Casa de Cultura Antônio Lisboa de Morais, fundada em março de 1982 e que abriga a Campesina.
Enquanto O Posseiro incitava a fúria dos poderosos da região - vários deles, segundo Joaquim, eram grileiros, as Bibliotecas Campesinas despertavam o interesse pela leitura nos moradores mais pobres. "Posso dizer que 90% dos nossos leitores e pesquisadores são pessoas das classes menos favorecidas de Santa Maria da Vitória", afirma o curador.
Hoje a biblioteca já conta com títulos bem diversificados e com "filhas" espalhadas em Mocambo, zona rural de Santa Maria da Vitória, e nas cidades de Joaquim Nabuco (PE), Cubati (PB) e Itaquaquecetuba (SP)."São locais que recebem apoio da Campesina, com livros e a logística da autogestão."

Texto adaptado da edição nº 161 de 18 a 24 de novembro de 2002 do NEAD
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"CLODOMIR MORAIS: UMA TRAJETÓRIA DE LUTA EM FAVOR DOS EXCLUÍDOS"
Por Joaquim Lisboa Neto*

Nasceu em Santa Maria da Vitória no dia 30 de setembro de 1928, onde iniciou seus estudos no curso elementar.
Fez os cursos ginasial e colegial em São Paulo, onde também trabalhou na agricultura e na indústria de montagem de automóveis Ford, e iniciou-se no jornalismo trabalhando nos diários A HORA e O SPORT. Iniciou-se, também, na atividade política de esquerda, juntamente com o pintor Luis Enjorras Ventura, que mais tarde se transformou num famoso muralista da UNESCO; o educador Dario de Lorenzo, que foi vereador da Paulicéia e que motivou o deputado estadual Abreu Sodré para, a exemplo da Missão Econômico-Parlamentar e Cultural criada por Clodomir Morais na Assembleia Legislativa de Pernambuco, levar, na mesma época, a Moscou idêntica missão; Radah Abramo, mais tarde a socióloga da arte; e Fernando Henrique Cardoso, que, posteriormente, chegou a presidente da República.
Em 1950, antes de chegar a santa Maria da Vitória, Clodomir Morais trancou a matrícula do curso de Ciências Sociais que fazia na Faculdade de Sociologia da USP (Rua Maria Antônia, Higienópolis).
De Santa Maria da Vitória, seguiu para Salvador, para organizar o exitoso Congresso de Estudante Secundaristas do Rio São Francisco, realizado em Juazeiro (BA), a fim de impor ao governo Otávio Mangabeira a criação de ginásios na região sãofranciscana. Porém, antes, criou a Sociedade de Trabalhadores de Santa Maria da Vitória (STSMV), inspirada pelo saudoso Manuel Cruz, e que teve como dirigente o escultor Francisco Biquiba dy Lafuente Guarany.
Depois de vitorioso o Congresso de Estudantes Secundaristas, Clodomir Morais fundou e dirigiu, em Salvador, em 1951, o semanário CRÍTICA, o único jornal de oposição ao governo de Régis Pacheco. Este jornal veio preencher a lacuna do diário O MOMENTO, do partido comunista Brasileiro (PCB), que foi assaltado pela polícia a qual também destruiu as oficinas do jornal.
Daí seguiu para o Recife, onde se formou em Direito pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), e foi repórter dos jornais Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio, Diário da Noite, “Jornal Pequeno”, Folha da Manhã, Folha Vespertina e Correio do Povo, além das Rádios Clube e Olinda. Nas décadas de 1950/60, período em que morou na capital pernambucana, foi assessor das Ligas Camponesas e deputado estadual eleito pelo PC de Luiz Carlos Prestes, na legenda do PTB de Getúlio Vargas, de 1955 a 1959.
Três ações exitosas marcaram o mandato de Clodomir Morais na Assembleia Legislativa de Pernambuco, todas elas objetivando a expansão do emprego no Nordeste:

a – Organização e realização do Congresso de Salvação do Nordeste, que deu, logo depois, no surgimento da SUDENE. Deste congresso participaram 1.200 delegados de diferentes classes sociais do Nordeste que, durante uma semana, discutiram tête-à-tête os problemas socioeconômicos dos 8 estados da região.

b – Criou e dirigiu uma ampla delegação parlamentar de Pernambuco e Paraíba aos países do Leste europeu e outros países do ocidente europeu a fim de forçar o estabelecimento de relações culturais e comerciais com a União Soviética, Tchecoslováquia, Alemanha Oriental, Alemanha Federal e demais países socialistas da Europa e da Ásia, as quais foram possibilitadas nos seis meses do curto governo de Jânio Quadros.

c – Fez a Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovar, por unanimidade, o seu projeto de criação do Banco de Desenvolvimento de Pernambuco (BANDEPE). Em tom de brincadeira, Clodomir Morais sempre diz: “Eu sou um lascado em matéria de dinheiro, porém fundei um dos grandes bancos do país.” O papel do BANDEPE sempre foi financiar empreendimentos que possam gerar milhares de postos de trabalho e renda.

Teve os direitos políticos cassados por dez anos e, após dois sofridos anos de prisão em 1962/65, amargou também um exílio de quinze anos no exterior.
Através do ato Institucional nº 1, na lista dos cem primeiros cassados pelos militares golpistas, que assumiram o poder em 1964, ocupou o honroso 12º lugar. Exilou-se no Chile, onde atuou no Instituto de Capacitação e Pesquisa para a Reforma Agrária (ICIRA, sigla em espanhol), e logo após, ingressou na ONU (Organização das Nações Unidas), como conselheiro Regional para a América Latina em assuntos de Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural.
Desempenhou suas atividades com tamanha competência que gerou convites de várias entidades internacionais. Trabalhou para várias agências da ONU, a saber: OIT (Organização Internacional do Trabalho), PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), FAO (Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação). UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre comércio e Desenvolvimento), ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) e CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe).
Elaborou e dirigiu projetos de Capacitação em Organização em Honduras, Panamá, Costa Rica, Moçambique, Guiné-Bissau, México, Nicarágua e Portugal, e foi consultor dessas agências para missões técnicas na Europa, América Latina, África e Ásia, nas questões de organização camponesa. Clodomir Morais foi professor residente das Universidades de Rostock (Alemanha), Autônoma de Chapingo-UACh (México) e de Brasília (UnB), onde fundou o Instituto de Apoio Técnico aos Países do Terceiro Mundo (IATTERMUND), instituição que tem como objetivo principal gerar emprego e renda, uma vez que o desemprego constitui o problema mais grave dos países em desenvolvimento. O IATTERMUND tem apoiado o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na formação de quadros de nível de base e nível médio, com os TDC- Técnicos em Desenvolvimento Cooperativo.
Criou a Metodologia de Capacitação Massiva Geradora de Emprego e Renda, aplicada em vários continentes (Américas, Europa, África e Ásia), que resultou na criação de milhares de empresas autogestionárias.
As primeiras edições em português da sua cartilha Elementos de Teoria da Organização foram feitas pelo Núcleo de Educação popular 13 de Maio – NEP e pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), através do Caderno de Formação nº 11, cartilha esta que, ao alcançar 1 milhão de exemplares em 34 países e em 7 idiomas e dialetos, a Câmara dos Deputados do México fez uma edição especial para a criação do PRONAGER (Programa Nacional de Geração de Emprego e Renda) mexicano.
Foi professor conferencista nas Universidades de Berlim (Alemanha), Wisconsin (Estados Unidos), Autônoma do México, em todas as Universidades Autônomas dos países da América Central, Panamá, Colômbia e Venezuela, na Universidade “Agostinho Neto” de Angola, “Eduardo Mondlane” de Moçambique, Institutos de Pesquisas Socioeconômicas de Harare, Zimbábue, e de Genebra, Suíça. Nos anos em que esteve na Alemanha Oriental, fez o curso de Doutorado em Sociologia da Organização.
Têm inúmeros livros publicados, alguns deles traduzidos em vários idiomas. Destacamos Dicionário de Reforma Agrária América Latina, Queda de uma Oligarquia, o Reencontrado Elo Perdido das Reformas Agrárias (prefaciados, respectivamente, por Josué de Castro, Barbosa Lima Sobrinho e Osny Duarte Pereira), Elementos de Teoria da Organização (com mais de 200 edições na Europa, África, América e Ásia), Teoria da Organização Autogestionária, A Marcha dos Camponeses Rumo à Cidade, Contos Verossímeis (volumes 1 e 2.) e Historia das Ligas Camponesas do Brasil. O seu primeiro livro publicado, O Amor e a Sociedade, reuniu em cem páginas toda a sua produção de poesias líricas e poemas de protesto e de atuação social. O êxito que teve esta estreia, em 1950 (quando tinha apenas 22 anos), lhe valeu a cadeira de Frei Francisco de Monte Alverne, na Academia de Letras da Cidade de São Paulo, criada nos anos 1930 para albergar os intelectuais menores não ingressados na titular Academia Paulista de Letras.
*Joaquim Lisboa Neto é Coordenador e fundador da Casa da Cultura Antônio Lisboa de Morais/ Biblioteca Campesina, criada em 20 de fevereiro de 1980.

Casa de Cultura Antônio Lisboa de Morais
Rua Cel. Antônio Barbosa, 53
Santa Maria da Vitória - BA
CEP 47640-00
Telefone - (77) 3483-2328
e-mail - casacultura.alm@bol.com.br
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Folclore Musical de Santa Maria da Vitória
Dança de São Gonçalo
Época: Meados do século XX

As festas em louvor a São Gonçalo do Amarante eram entremeadas de cerimônias coreográfico-religiosas diante da imagem do santo. A festa ocorria em comemoração a uma graça alcançada. Os participantes, reunidos em duas filas, uma de homens e outra de mulheres, cantavam e dançavam. Cada fila era encabeçada por um "guia".
As moças vestiam-se de branco e carregavam arcos enfeitados com folhagens e flores de papel branco, reverenciando com exagerados meneios a imagem do santo. Como parte integrante da cerimônia, determinado grupo de moças improvisava uma "Roda de São Gonçalo", em que se cantavam quadras de invocação ao santo casamenteiro, tudo revestido de muito respeito e veneração. As cantorias eram acompanhadas de um conjunto instrumental composto de viola, pandeiro e tambor.

Fonte: Musica Folclórica do Médio São Francisco (Vol. I), páginas 207 e 207.
Autor: Osvaldo de Souza
Publicação do Ministério da Educação e Cultura
Conselho Federal de Cultura Rio de Janeiro, 1979


Título: "Roda”

Na hora de Deus, amem,
Na hora de deus, amem - ô!
Padre, Filho, Espírito Santo. (bis)
São Gonçalo de Amarante,
São Gonçalo de Amarante - ô!
Não é como o outro santo. (bis)


São Gonçalo de Amarante,
São Gonçalo de Amarante - ô!
Não é como os outros santo; (bis)
todo santo qué qu'eu reze,
todo santo qué qu'eu reze - ô!
São Gonçalo qué qu'eu cante. (bis)

Ê-vem o carro cantando,
Ê-vem o carro cantando - ô!
Vem cheio de cravo e rosa; (bis)
São Gonçalo vem no meio,
São Gonçalo vem no meio - ô!
Escuiêndo a mais cheirosa. (bis)

São Gonçalo de Amarante,
São Gonçalo de Amarante - ô!
Casamenteiro das velhas, (bis)
porque não casai as moças,
porque não casai as moças - ô!
Que mal lhe fizeram elas. (bis)

Ora, viva e reviva! (bis)
ô!
Viva São Gonçalo, viva! (bis)
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FRANCISCO BIQUIBA DY LAFUENTE GUARANY:

Nasceu em 2 de abril de 1882 em Santa Maria da Vitória na Bahia e faleceu na mesma cidade em 1985. Foi ativo na produção de carrancas desde os seus 20 anos de idade. Jurandi Assis teve a oportunidade de conhecê-lo. Guarany faleceu em 1985 com a idade de 103 anos.
Sempre trabalhou sozinho, como marceneiro e carpinteiro. Fazia de tudo: barris para transporte de água, dornas para guardar cachaça, móveis, madeiramento para telhados, porém sua fama adveio mesmo foi da produção das carrancas, que constituem um importante capítulo na arte popular brasileira.
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